Vigilância realiza ações para combater insetos

O Município possui um projeto aprovado pela FEPAM para combater o simulídeo, mais conhecido como borrachudo. Como o verão é o tempo mais propício para sua proliferação, a Vigilância em Saúde redobra os cuidados nesta época do ano. Recentemente a equipe aplicou o BTI, que é um larvicida que atinge somente as larvas do borrachudo, sem prejudicar peixes ou a qualidade da água.

Como ele precisa ser aplicado simultaneamente em todos os arroios, valos, valetas, e onde houver água corrente, há uma grande mobilização entre a equipe da Saúde, agentes de saúde e moradores. Cerca de 110 pessoas aplicam o larvicida a partir de uma avaliação técnica do percurso da água. A aplicação envolve todas as localidades do município.

Conforme Bárbara Antonina Dávila, coordenadora da Vigilância em Saúde de Feliz, o objetivo é eliminar as larvas, pois assim o borrachudo não fica adulto e não causa os incômodos tão conhecidos por todos.

 

Além do larvicida, a coordenadora ressalta outros pontos importantes para evitar a proliferação do borrachudo. “As larvas se alimentam de dejetos e matéria orgânica que tem na água, então não é indicado fazer a eliminação de lixos ou fezes de animais nesses locais”, explica.

“A larva se instala nas pedras e outras coisas em seu entorno na água. Por isso, evite jogar lixo como plásticos, latas, e embalagens, pois é mais um local onde ele poderá se instalar e se desenvolver”, acrescenta.

Bárbara ressalta que a vegetação que tem no entorno dos arroios também é muito importante, porque permite que demais animais da cadeia alimentar estejam presentes. “Esses bichinhos podem se tornar predadores destas larvas, reduzindo a proliferação”, diz.

Ela observa, ainda, que em função da enchente, o leito dos rios e arroios se modificou e ficaram muitos dejetos e restos de vegetação que não pertenciam ao local. “Isso também interferiu no desenvolvimento dessas larvas, aumentando a quantidade e prejudicando a ação do larvicida”, acredita.

“Larvicida é para larvas, e os borrachudos que já estão adultos não serão eliminados. E são justamente esses que ficam escondidos na grama, incomodando. Nesse caso, a sugestão é usar repelente, roupas de manga comprida e calças para evitar as picadas”, sugere.

Até o momento, foram feitos dois ciclos, cada um composto por três aplicações, com intervalos de 15 dias entre elas. “Entre um ciclo e outro, nós temos um descanso de 45 dias, porém em função da enchente, o primeiro ciclo não foi efetivo. Por isso fizemos um reforço nas aplicações, para tentar reduzir a proliferação”, detalha.

De acordo com a coordenadora, a última aplicação vai ocorrer neste sábado, dia 14, e então será feita uma pausa até o ano que vem.

No mês de novembro, a Vigilância em Saúde também realizou ações para combater baratas em áreas públicas. Para evitar a proliferação desse inseto, foi aplicado inseticida em bueiros e outros locais propícios para uma infestação.

Essa foi uma medida pontual, e por enquanto não há previsão de outras ações contra baratas.